15/01/2016

Projeto “Conhecendo Novas Velas” abre portas do esporte para jovens atletas em Florianópolis

Evento dá a mais de 100 crianças e adolescentes a chance de conhecer as classes do Mundial da Juventude.

Mais de cem jovens velejadores brasileiros tiveram uma sexta-feira especial no Iate Clube de Santa Catarina – Veleiros da Ilha, em Florianópolis. Com a participação de André “Bochecha” Fonseca, atleta com três participações olímpicas no currículo, foi realizada a segunda edição do “Conhecendo Novas Velas”. O projeto, que tem como principal objetivo dar a crianças e adolescentes a oportunidade de conhecer classes que fazem parte do programa do Campeonato Mundial da Juventude, mobilizou os meninos e meninas que estão reunidos na cidade para a disputa do Campeonato Brasileiro da classe Optimist.

“Essa ação faz parte de todo um plano em relação à Vela Jovem. Uma das grandes lacunas que a gente tinha era a saída dos atletas da classe Optimist. Na transição, acabávamos perdendo muitos deles. Essa apresentação das classes de Vela Jovem é um trabalho que estamos fazendo para que se perca menos gente nessa transição. O “Conhecendo Novas Velas” é um projeto fundamental nesse ponto, pois os jovens descobrem uma classe nova e se interessam. É muito importante para a Confederação manter esses atletas no esporte”, explica Alexandre Paradeda, diretor de Vela Jovem da CBVela e atleta olímpico da classe 470 nos Jogos Olímpicos de Sydney 2000 e Atenas 2004, que realizou um seminário para os jovens velejadores durante o evento.

Nas atividades desta sexta-feira (dia 15), os jovens velejadores puderam conhecer barcos das classes 29er, 420, Hobie Cat 16, Laser e pranchas. Além disso, foram orientados por André “Bochecha” Fonseca, que tem no seu currículo três participações olímpicas — uma na classe 470 (Sydney 2000) e duas na classe 49er (Atenas 2004 e Pequim 2008) — e três regatas de Volta ao Mundo (Volvo Ocean Race).

Na vela, a classe Optimist é a porta de entrada para os atletas da modalidade, uma vez que se trata de uma embarcação de pequeno porte, para crianças de até 60kg. Contudo, com o objetivo de se preparar melhor para as classes olímpicas, os adolescentes precisam antes passar pelos barcos de Vela Jovem.

“Temos que parabenizar a Confederação por ações como essa. Esse projeto é importante para a permanência dos atletas na vela. O Brasil é conhecido por ter uma classe Optimist muito forte, mas depois se perde muito até eles (atletas) crescerem e encontrarem as classes sucessoras. Na minha época, não tínhamos um incentivo assim, que dá oportunidade às crianças de se encontrarem nas classes subsequentes, com a possibilidade de formar velejadores no futuro”, declarou André “Bochecha”, que no fim da tarde deu palestra para os jovens velejadores.